Bolsonaro compartilha vídeo do prefeito de Chapecó defendendo tratamento precoce
Reprodução: iG Minas Gerais
Bolsonaro compartilha vídeo do prefeito de Chapecó defendendo tratamento precoce

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou nesta segunda-feira (5) em seu perfil oficial no Facebook um vídeo em que o prefeito de Chapecó , em Santa Catarina, João Rodrigues (PSD) defende o tratamento precoce contra o novo coronavírus (Sars-Cov-2), que não tem eficácia comprovada e não é recomendada por autoridades médicas.

"Ouçam o prefeito de Chapecó”, escreve Bolsonaro na legenda do vídeo, onde o prefeito da cidade do oeste explica, durante 2 minutos, como a cidade do centro-oeste catarinense passou “em menos de 60 dias, dos piores resultados do Brasil aos melhores números”.

Em evento em Brasília nesta segunda (5), o presidente classificou o trabalho do mandatário catarinense como "excepcional" e anunciouque viajará a Chapecó nesta semana.

Confira:


Segundo João, no final de janeiro, Chapecó registrava 6000 casos ativos de Covid-19, e agora, "são menos de 800”.

"Aqui em Chapecó nós adotamos todos os protocolos. O protocolo do tratamento precoce também foi adotado. Atenção prefeitos e governadores, não tenham medo. Abram suas portas, tratem seus pacientes com tudo aquilo que é possível. Pela ciência também, claro que sim. Mas permitam que os médicos que têm vontade de fazer o tratamento precoce façam. Dê apoio. Foi o que nós fizemos em Chapecó", afirma o prefeito.

Você viu?

Todavia, no vídeo não é informado que a cidade passou por medidas duras de restrição. Entre os dias 23 de fevereiro e 7 de marco, Chapecó aderiu ao lockdown , medida que Bolsonaro por diversas oportunidades já se mostrou contrário.

No final de março, a cidade também restringiu o funcionamento de atividades não essenciais, como casas noturnas, bares e restaurantes com limite de ocupação.

Em relação aos medicamentos usados no “tratamento precoce”, a Organização Mundial de Saúde ( OMS ) desaconselhou o uso da Hidroxicloroquina e da Ivermectina, essa última inclusive, sendo desaconselhada pela própria farmacêutica, a Merck Sharp and Dohme, que afirmou que não há evidências de que o medicamento traga qualquer benefício contra a Covid-19.

 (Sob supervisão de Valeska Amorim)

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