A Avaaz - organização social sem fins lucrativos - realizou um levantamento inédito no Twitter e identificou uma relação entre as falas negacionistas do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e picos nos pedidos de impeachment na rede social.
Na Câmara dos Deputados, Jair já bateu este recorde. Foram 74 pedidos de afastamento apresentados desde o começo de março. Já no mundo virtual, a tendência segue a mesma. As palavras " Bolsonaro " e " impeachment ", ou tags que pedem a sua saída, foram identificadas em 2,3 milhões de postagens entre fevereiro de 2020 e janeiro de 2021.
O pico no número de pedidos pelo afastamento do presidente aconteceu durante o período em que Manaus sofreu com a falta de oxigênio nos hospitais, em janeiro deste ano. Exatamente no dia 15 de janeiro, 98 mil tuítes contra Bolsonaro foram registrados. O equivalente a uma postagem a cada cinco segundos.
O segundo maior dia com pedidos pela saída do presidente ocorreu em 25 de março de 2020. Foram contabilizados 82,4 mil mensagens atrelando Jair a um pedido de impeachment após o pronunciamento oficial em que chamou o novo coronavírus de " gripezinha ".