Bolsonaro ao lado de Luciano Bivar, presidente nacional do PSL
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Bolsonaro ao lado de Luciano Bivar, presidente nacional do PSL

Desde que deixou o PSL em 2019 após atritos com Luciano Bivar (PSL-PE), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem procurado um partido para se filiar e disputar as eleições de 2022. Nesse período, se dedicou à criação de sua própria legenda, a Aliança Pelo Brasil , mas agora diz que voltou a fazer negociações diante dos entraves para que a sigla saia do papel. Uma das opções seria o próprio PSL, mas a alta cúpula do partido diz que o retorno do presidente é "praticamente impossível".

Em entrevista à Folha de Pernambuco , no dia 10 de março, Bivar disse que "não acredita que o presidente, como candidato favorito à reeleição, tenha tempo para esperar a decisão do PSL, quando muitos outros partidos se oferecem para abrigá-lo".

Um parlamentar afirmou ao Congresso em Foco que, embora existam especulações da imprensa e de políticos aliados ao presidente, não existem conversas de Bolsonaro com o alto escalão do partido.

"São especulações que alguns deputados ligados ao Bolsonaro estão levantando, alguns bolsonaristas que querem muito [a volta do presidente] porque sabem que ele não tem alternativa", diz esse parlamentar. "Esses bolsonaristas não têm qualquer relação com o PSL, não frequentam o partido. A volta de Bolsonaro precisaria ser aprovada pela maioria dos convencionais, o que é praticamente impossível hoje".

Ainda de acordo com o parlamentar, a Executiva do partido tem "preocupação zero" com a possível debandada de parlamentares aliados a Bolsonaro, caso o presidente opte por outra sigla. Isso porque a maioria dos apoiadores do chefe do Executivo já decidiu que seguirá Bolsonaro, independentemente do partido para o qual ele for.

"Deputados do PSL 'raiz' querem que eles [bolsonaristas] sejam expulsos, e ainda pressionam para que haja essa expulsão. Querem fazer uma limpeza no partido porque essa convivência é tóxica, e também não existe esse medo porque tem muitas lideranças de outros partidos querendo entrar no PSL", afirmou o parlamentar.

O deputado federal  Junior Bozzella  (PSL-SP), vice-presidente nacional da sigla, também confirmou que não há discussões formais dentro do partido sobre o possível retorno do presidente da República. "Nunca teve uma reunião da executiva, uma bancada, uma fala oficial, e eu conhecendo bem o partido que estou, não tem tratativas debaixo do pano. O que existe é uma especulação que parte do Palácio do Planalto porque o presidente está fragilizado do ponto de vista político-partidário".

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