A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) alegou mais uma vez ser inocente e chorou durante julgamento no Conselho de Ética da Câmara nesta terça-feira (16).
Além da justiça comum, a parlamentar enfrenta representação por quebra de decoro no Conselho de Ética , que caso seja aceita, pode levar a cassação do mandato da pastora evangélica.
Acusada de ser a mandante do assassinato do marido, Anderson do Carmo, morto a tiros na frente da casa da família, Flordelis alegou estar sofrendo “perseguição implacável”:
“Sou inocente, não mandei matar meu marido. Não participei de nenhum ato de conspiração contra a vida do homem que foi meu companheiro por muitos anos, mais de 20 anos", alegou a deputada, que disse que o pastor Anderson, “muito mais do que meu marido, era meu amigo”.
Por ter imunidade parlamentar, Flordelis não foi presa, mas é monitorada por meio de tornozeleira eletrônica. O Ministério Público a indiciou por homicídio triplamente qualificado.
Essa foi a primeira vez em que a parlamentar se defendeu diretamente na Câmara , e na fala, acusou duas filhas de serem as mandantes do crime:
“Minha filha foi a mandante com a outra filha, não sei mais quem estava envolvido, mas eu não compactuo com isso”, disse Flordelis, que junto com Anderson do Carmo, tinha 55 filhos, entre adotivos e biológicos.
“Quero pedir a vocês, a vossas excelências, que não cometam nenhuma injustiça comigo, por favor”, disse Flordelis. “Vossas excelências não podem imaginar a tristeza do momento que estou vivendo. Jamais poderão alcançar a dor que é perder meu marido”, disse na defesa.