Nesta quarta-feira (10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na seda do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP), para falar pela primeira vez após a decisão do ministro Edson Fachin
, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou todos os processos contra ele. Ao lado de Fernando Haddad e outros integrantes do PT, ele relembrou tempo que passou na prisão e a certeza que tinha de que seria inocentado.
"Tomei a decisão de me entregar porque não seria correto que um homem com a minha história pudesse aparecer na capas de jornais, revistas e na TV como fugitivo. Tomei a decisão de provar minha inocência dentro da sede da PF. Eu tinha tanta confiança do que estava acontecendo no Brasil que tinha certeza que esse dia chegaria. E ele chegou", disse Lula, relembrando os dias na prisão da Superintendência da PF em Curitiba.
"Eu sou o resultado da consciência da classe trabalhadora na política brasileira. Vocês, que estão aqui, foram as pessoas que sempre acreditaram na minha inocência, que estavam e sempre estiveram comigo", continuou o ex-presidente.
"Sou vítima da maior mentira juridica contada em 500 anos de história. Então, se tem um cidadão que tem direito de ter profundas mágoas, sou eu. Mas não tenho. O sofrimento que as pessoas pobres estão passando é infinitamente maior do que o que eu senti", concluiu Lula .