A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal entraram em atrito pelo inquérito dos atos democráticos . A última discordância aconteceu pelo pedido de busca e apreensão na casa de Fábio Wajngarten, que ainda era secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, relevado pelo Painel. A PGR se manifestou contra a medida apresentada e a PF insinuou falta de coerência e ausência de ímpeto no início das investigações. As informações foram apuradas pela Folha de São Paulo.
A PF argumenta que, dois dias antes da solicitação da PGR, o órgão solicitou buscas contra ativistas, jornalistas, deputados e apoiadores do presidente e foi contra as ações da Secom em relação ao Wajngarten. A polícia entende que com essas atitudes, a procuradoria desacelerou o ritmo quando percebeu que os alvos eram próximos do Palácio do Planalto.
No momento, o que se fala nos bastidores é sobre o relatório que foi entregue pela PF em dezembro de 2020, que resumia as diligências. De acordo com a PGR, é entendido que a delegada não encontrou evidências dos crimes apurados. A polícia tem o entendimento que não pode avançar em uma parte das buscas, porque não teve o apoio da procuradoria e que ainda há outros crimes a serem investigados.