Coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, João Gabbardo
José Dias/PR
Coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, João Gabbardo

O coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, João Gabbardo , fez um prognóstico negativo acerca do avanço da pandemia no Brasil, em entrevista ao UOL nesta quinta-feira (4).

Para o médico, apesar dos “números assustadores” vistos na última quarta (3), por exemplo, quando 1910 pessoas morreram em decorrência da Covid-19, eles “não surpreendem”:

"Esses números são assustadores, mas isso não surpreende porque estamos tendo uma pandemia que, neste momento, está ocorrendo simultaneamente em todo o país, em todos os estados", afirma.

Nos próximos dias, segundo Gabbardo , a tendência é que a situação da pandemia piore:

"Prever que isso vai melhorar nos próximos dias é difícil, a expectativa é de que possa piorar nas próximas semanas. Com as restrições que os estados estão implementando agora, é possível que a gente tenha uma melhora, mas daqui 2 ou 3 semanas. Não vai ser imediato".

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Na última quarta (3), João Doria (PSDB) anunciou a volta de todo estado de São Paulo a fase vermelha do Plano São Paulo, a mais restritiva da pandemia, onde todos os serviços não-essenciais ficarão fechados até o dia 19 de março.

Assim como o governador paulista, diversos estados também adotaram medidas restritivas e lockdowns para conter avanço da doença. O médico considera isso como uma medida eficiente, que irá trazer resultados positivos em algumas semanas.

O coordenador pede também que o governo federal tome frente nestas ações, e indiretamente, criticou aglomerações e falas contra o uso de máscaras, algo que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez ao longo da pandemia:

"Não é mais possível que a população fique na esquina sem saber se vai obedecer o que os governadores estão recomendando ou se vai obedecer o que o governo federal estabelece, provocando aglomerações, falando mal das máscaras e tentando desmoralizar vacinas", declara.


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