Conversas reveladas
pela defesa do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, e enviadas nesta quinta-feira (04) para o Supremo Tribunal Federal (
STF
), revelam que os procuradores
da Operação Lava-Jato articularam
para que um habeas corpus em favor de Lula fosse descumprido
.
Em julho de 2018, o desembargador
do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) Rogério Favreto - enquanto estava de plantão
- acolheu um pedido de habeas corpus
do ex-presidente Lula e determinou a sua soltura de maneira imediata. O argumento era de que o processo contra Lula não
havia transitado em julgado.
Na época, Sérgio Moro - ainda de férias - soltou um despacho onde dizia que Favretto era "absolutamente incompetente " ao tentar se sobrepor à ordem de prisão .
Favretto derrubou
o despacho de Moro e ordenou a soltura
pela Polícia Federal em até uma hora. Ao passo que Deltan
enviou: "Pedi pra PF segurar, mas predicávamos deneto dessa 1h ter sinal positivo
. Pq eu dizer e nada não muda muito qdo tem ordem judicial
."
Após muitas articulações
, Dallagnol diz que a ministra do STF, Cármen Lúcia
, teria entrado na movimentação. "Carmem Lúcia ligou pra Jungman e mandou não cumprir
e teria falado tb com Thompson. Cenário tá bom
", disse o procurador.
Thompson Flore, então presidente do TRF-4, suspendeu a decisão de Favretto e Lula não foi solto.