O ex-proprietário da mansão de R$ 6 milhões comprada pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) em Brasília disse que o parlamentar ainda deve R$ 1,8 milhões do valor total do imóvel. A informação foi divulgada pela empresa RVA Construções e Incorporações, do empresário Juscelino Sarkis, que é um dos sócios da construtora.
"Até o presente momento todos os termos contratados têm sido devidamente adimplidos, já tendo sido efetuado o pagamento do valor de R$ 4.190.278,30", diz o texto da nota. Apesar dos valores pendentes, a transação do imóvel foi registrada em cartório no último dia 29 de janeiro.
Segundo a RVA, R$ 3,1 milhões foram pagos com o financiamento imobiliário, liberado pelo Banco de Brasília em 2 de fevereiro. Outro R$ 1,09 milhão foi feito por meio de três transferências bancárias no fim do ano passado: R$ 200 mil em 23 de novembro, R$ 300 mil em 10 de dezembro, e R$ 590 mil em 11 de dezembro.
Sem dar informações sobre a parcela pendente, a empresa diz que "adotou todas as providências legais que cabem ao vendedor, em estrita observância ao Código Civil e às demais leis que regem os contratos de compra e venda de imóveis".
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A assessoria jurídica da empresa vendedora diz que, "diante do grande número de notícias que vêm sendo veiculadas na imprensa", decidiu divulgar o comunicado.
Flávio afirmou nesta terça-feira (2) que usou recursos da venda de um imóvel e da franquia de uma loja de chocolates para comprar a mansão de R$ 6 milhões.
"Tudo registrado em escritura pública", disse em nota divulgada pela assessoria de imprensa do parlamentar. "Qualquer coisa além disso é pura especulação ou desinformação por parte de alguns veículos de comunicação."
O imóvel vendido para ajudar na compra da mansão, segundo ele, foi o apartamento na Barra da Tijuca, que ele havia comprado por R$ 2,5 milhões, com financiamento. A venda ainda não foi informada ao Registro de Imóveis —a responsabilidade é do comprador e não há prazo para fazer o registro.