Na noite desta terça-feira (16), pouco depois da divulgação da prisão em flagrante do deputado federal Daniel Silveira (PSL)
, o também deputado Carlos Jordy utilizou as redes sociais para criticar a decisão e atacar o ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de "vagabundo".
"Acabei de falar com o deputado Daniel Silveira e fiquei sabendo q sua prisão foi ordenada pelo vagabundo do Alexandre de Moraes por ele ter feito uma live criticando o Ministro Fachin. Não iremos recuar! Espero q o Presidente Lira haja com postura contra esses ditadores!", escreveu Jordy. Na sequência, ele publicou retificação e substituiu o verbo haver na frase por agir: "*aja".
Outro integrante do partido, o deputado federal Filipe Barros , também utilizou as redes sociais para apontar a inconstitucionalidade da prisão de Silveira: "Não importa o que disse. Trata-se da defesa da nossa CF e das prerrogativas do poder legislativo federal. É defender o Estado de Direito e a Democracia contra reiteradas arbitrariedades cometidas por membro de outro poder constituído".
"Ou a Câmara dos Deputados reage a essa arbitrariedade cometida pelo Alexandre de Moraes, revogando a prisão ilegal e adotando todas as medidas cabíveis contra o Alexandre de Moraes, ou o parlamento brasileiro estará de joelhos ao frequente abuso de poder do referido ministro", finalizou Barros.
Comemorações e "decisão correta"
Enquanto colegas apoiavam Silveira, houve quem aproveitou para celebrar a prisão e exaltar a atitude do ministro Moraes. Entre os que se posicionaram a favor da medida, a deputada federal Luiza Erundina
lembrou a participação de Silveira no episódio da quebra da placa com o nome de Marielle Franco, enquanto o também deputado Ivan Valente aproveitou para chamar o bolsonarista de "facínora" e disse que o STF
não pode se "acovardar com ameaças de generais golpistas".
"Decisão correta do ministro Alexandre Moraes que determina prisão do dep. Daniel Silveira. A imunidade parlamentar prevista no artigo 53 da Constituição Federal não autoriza ataques ao Estado Democrático de Direito. O deputado feriu a Constituição e o Supremo Tribunal Federal", escreveu o deputado federal Orlando Silva.
"Sobre prisão de deputado , importante notar que a imunidade parlamentar não é absoluta, conforme ampla jurisprudência. IMUNIDADE NÃO É IMPUNIDADE. Há um evidente ataque de milícias contra a democracia, que deve ser repelido. O STF não pode ser coagido na sua missão constitucional", apontou o governador do Maranhão, Flávio Dino.