O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) avaliou nesta terça-feira (12) como positivo o saldo da Operação Lava-Jato, mas criticou “excessos” cometidos por procuradores do Ministério Público (MP) e juízes.
"Acho que a Lava Jato cumpriu um papel histórico positivo, mas, em determinado momento, a ânsia por poder de procuradores e de alguns juízes, acho que acabaram gerando um excesso para perpetuação no poder no cenário nacional brasileiro", declarou Maia em entrevista ao jornal Metrópoles.
O deputado admite que a corrupção no brasil estava “muito fora de controle” antes do início da Lava Jato , mas ponderou que a atuação de alguns procuradores e juízes tiveram excessos, e que por muitas das instituições terem um “autocontrole”, a investigação é mais difícil de ser feita:
"Quando você olha quem vai investigar um procurador, você vê que é sempre uma coisa muito frágil, sem controle. Eles (procuradores) conseguem um nível de apoio entre si que ninguém é investigado. Quando um tem problemas, você repara: transfere, aposenta, mais até do que os juízes."
Em outubro de 2020, a Procuradoria-Geral da República ( PGR ) abriu uma investigação sobre supostos pagamentos da empreiteira OAS ao presidente da Câmara, que havia sido arquivado mais de um ano antes.
Sobre o tema, Maia evitou polêmicas e evitou dizer que o governo federal teve influencia sobre Aras na retomada da investigação:
“Não acredito que o doutor Aras tenha feito isso a pedido do presidente da República. Se eu tivesse alguma informação concreta de vinculação, já teria feito a denúncia”