Os funcionários que ficaram conhecidos por serem os "Guardiões do Crivella" por impedirem que a imprensa fizesse a cobertura próximo a hospitais do Rio de Janeiro em 2020 foram exonerados. A informação foi confirmada pelo secretário de Integridade Pública do Rio, Marcelo Calero, disse nesta segunda-feira (4).
Ainda de acordo com Calero, esses funcionários deixaram o governo no primeiro dia de gestão de Eduardo Paes (DEM). Além dos jornalistas, eles também intimidavam parentes de pacientes que faziam reclamações.
"A primeira coisa que me surpreendeu é que esses servidores, 80% deles, dessas pessoas que estavam dedicadas a achacar a imprensa e as pessoas que buscavam atendimento na área de saúde, elas ainda estavam nomeadas. Nós exoneramos essas pessoas. Um ato do prefeito as exonerou no primeiro dia do mandato da nova gestão, 1º de janeiro. E a segunda providência foi abrir uma investigação preliminar aqui na prefeitura, na sede administrativa", afirmou.
O secretário acrescentou que "surpreendentemente" não havia qualquer investigação aberta por parte da prefeitura para apurar o caso.
Calero também falou sobre as metas estabelecidas para os 100 primeiros dias da secretaria.
Segundo ele, o prefeito Eduardo Paes pediu que fosse criado um mecanismo para garantir a proteção de servidores que desejam fazer denúncias sobre problemas na prefeitura. Outra preocupação, de acordo com Calero, é evitar o uso político da secretaria.