A defesa de Sergio Moro pediu nesta sexta-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal que Alexandre Ramagem — diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) — preste novo depoimento no inquérito sobre a suposta interferência do presidente Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal.
A solicitação foi enviada ao ministro Alexandre de moraes, relator do inquérito. A defesa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública também requer acesso aos relatórios da Abin, formulados para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das "rachadinhas", ou peculato, na Alerj.
A ideia dos representantes de Moro é associar um caso ao outro, uma vez que Ramagem, hoje diretor-geral da Abin, fora justamente o escolhido por Bolsonaro para tomar o posto de Maurício Valeixo como diretor da Polícia Federal. O episódio foi o estopim para o pedido de demissão de Moro, em abril.
“Sob nossa ótica, torna-se necessária a tomada de novo depoimento do Delegado Alexandre Ramagem, de modo a fornecer maiores detalhes sobre solicitações de produção de relatórios por pessoas diretamente relacionadas ao coinvestigado Exmo. Presidente, bem como eventuais reuniões formais ou informais cujo objeto tenha sido o atendimento a interesses particulares”, diz trecho do pedido dos advogados de Moro ao Supremo.