O Ministério Público Eleitoral (MPE) denunciou nesta quarta-feira (16) o prefeito Marcello Crivella , sua candidata a vice na chapa na disputa pela reeleição, a tenente coronel Andrea Firmo, e seu assessor especial de gabinete, Marcos Luciano, por abuso de poder político e conduta vedada em razão do caso "Guardiões do Crivella".
O órgão pede que os envolvidos fiquem inelegíveis por oito anos, e que paguem multa pelo envolvimento com grupos que intimidavam jornalistas e famílias de pacientes internados com Covid-19 em hospitais municipais.
De acordo com o promotor Rogério Pacheco Alves, funcionários públicos foram escalados para impedir ou dificultar reclamações e a cobertura da imprensa sobre a situação precária da saúde municipal, principalmente desde o início da pandemia de Covid-19.
O MPE aponta que Crivella participou de pelo menos um dos grupos e que teve "a oportunidade de participar das conversas e acompanhar os relatórios publicados pelos funcionários".
Segundo a denúncia, o grupo seguiu atuando durante a campanha de Crivela à reeleição, com atos públicos como caminhadas e carreatas. A denúncia cita que o responsável pela organização da campanha era o mesmo que organizava os grupos de WhatsApp, Marcos Luciano.
Em nota, a Prefeitura do Rio disse que o grupo de Whatsapp denominado "Guardiões do Crivella" não se prestava a organizar servidores de forma alguma para coibir a imprensa, muito menos para qualquer atuação com viés eleitoral.