O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já começou a pensar em um plano B caso o nome do deputado federal Arthur Lira (Progressistas-AL), líder do Centrão na Câmara , não dê certo para a presidência da Casa.
A tentativa do presidente é encontrar uma alternativa para rivalizar com Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, sem a necessidade de fazer concessões no primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios.
O principal receio de Bolsonaro é que Maia decida disputar a reeleição, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) permita a sua candidatura. De acordo com a Constituição Federal, as reeleições na Câmara e no Senado não são permitidas dentro da mesma legislatura, mas um julgamento no STF pode abrir uma porta para que isso aconteça.
Apesar do veto da Constituição, já havia quatro votos (de Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes) a favor. Esse julgamento vai até o próximo dia 14 e está ocorrendo em plenário virtual. Isso significa que não há transmissão na TV Justiça e os ministros tomam suas decisões mais longe dos olhos da opinião pública.
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Outro ministro (Kassio Nunes) defendeu a possibilidade de recondução só de Davi Alcolumbre (DEM-AP), e três (Marco Aurélio, Cármen Lúcia e Rosa Weber) votaram pela proibição para ambos.
Em conversas na semana passada com assessores palacianos, o Bolsonaro avaliou nomes, inclusive da equipe ministerial, que poderiam agregar mais apoios na disputa legislativa na Câmara.
De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo , foram defendidos ao presidente os nomes dos ministros Fábio Faria (Comunicações) e Tereza Cristina (Agricultura). Os dois têm mandato parlamentar e estão licenciados. Faria é do PSD e Cristina é do DEM.
Além deles, auxiliares palacianos citam um eventual apoio ao presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP). Hoje ele está no grupo de Maia. O parlamentar tem uma boa relação com o ministro Luiz Eduardo Ramos, que comanda a Secretaria de Governo.