A 4ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro determinou na tarde desta quarta-feira (25) que a campanha de Marcelo Crivella (Republicanos) seja impedida de distribuir na cidade um panfleto com falsas acusações contra seu adversário Eduardo Paes (DEM), também candidato no segundo turno da eleição municipal na capital carioca.
A decisão prevê ainda que o material de campanha seja apreendido pela equipe de fiscalização da Justiça Eleitoral, esteja ele em distribuição nas ruas ou em produção pela gráfica responsável. O descumprimento pode acarretar multa de R$ 50 mil ao atual prefeito, que tenta se reeleger.
A propaganda em questão estava sendo entregue aos cariocas desde o último fim de semana e utilizava o apoio que Paes recebeu de membros do PSOL para afirmar que ele seria defensor da legalização do aborto, da liberação das drogas e da distribuição de um suposto "kit gay" nas escolas municipais. O ex-prefeito não atua politicamente a favor de nenhuma dessas pautas e o "kit gay" não existe.
A peça inclui também a imagem do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), que anunciou voto crítico em Paes no segundo turno. Antes da menção ao aborto, às drogas e ao "kit gay", o material sugere que "Eduardo Paes e seus amigos defendem".
Atendendo a um pedido da defesa de Paes, a juíza Luciana Mocco Moreira Lima afirmou que o apoio crítico anunciado por Freixo ao ex-prefeito "não possui o condão de transferir para esse candidato a adesão das pautas e ideologias defendidas por ele".