Na segunda entrevista da série dos colunistas do GLOBO com candidatos que disputam o segundo turno em Rio e São Paulo, o prefeito do Rio e candidato à reeleição, Marcelo Crivella (Republicanos) , atribui os problemas em sua administração à herança deixada pelo antecessor e adversário nas urnas, Eduardo Paes (DEM).
O atual prefeito reconhece a própria falta de experiência ao assumir a gestão do município, há quatro anos, mas defende que seria agora o nome mais preparado para continuar a enfrentar a pandemia da Covid-19 e cita realizações na Saúde.
Questionado sobre o que fez pelas favelas do rio, Crivella alegou que fez "obras nos morros" que não são lembradas.
"O que aparece são Olimpíadas, Copa do Mundo, Museu do Amanhã.... As obras que eu fiz geralmente não aparecem. Mas eu continuei o Cimento Social. No Morro da Coroa, há centenas de casas que fizemos. Continuamos também no Morro da Providência", alegou o candidato à reeleição.
"O fato é que fiz muito menos do que gostaria, porque herdei uma dívida colossal de R$ 7 bilhões para pagar em quatro anos, e a arrecadação caiu R$ 10 bilhões. Na última hora, Eduardo tirou o Morro da Providência da PPP do Porto Maravilha. O Porto, que estava orçado em R$ 2 bilhões, custou R$ 5 bilhões. Na Lava-Jato, os delatores disseram que as obras das Olimpíadas eram multiplicadas por 2,2. O objeto do contrato não era a obra, era a propina", complementou Crivella .