A Justiça Eleitoral mandou tirar do ar o canal no YouTube do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio após um pedido da campanha de Guilherme Boulos , candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL. O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) acusou o youtuber de propagar desinformação. Eustáquio é um dos principais acusados no inquérito das fake news que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão diz que o blogueiro continuou publicando vídeos com informações fraudulentas, após a exclusão de vídeos anteriores que já faziam isso. A Justiça considerou a conduta uma "evidente demonstração de afronta ao Poder Judiciário".
"Esses vídeos aqui questionados são publicações, no canal do representado no YouTube, de exibições que foram feitas na Rede Brasil de Televisão, sendo que o candidato Celso Russomanno, candidato a Prefeito da cidade de São Paulo é um dos sócios da referida rede de televisão", diz a decisão.
No documento, o juiz Emílio Migliano Neto também escreveu que Eustáquio zombou da Justiça Eleitoral e incluiu uma das falas do blogueiro no processo.
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"Atenção, Justiça Eleitoral! 'Tô mostrando aqui pra vocês entenderem, estão induzindo a Justiça Eleitoral também. Nós temos que mostrar isso pra que as pessoas entendam", disse Eustáquio em frase citada na decisão.
O primeiro vídeo com informações falsas produzido por Eustáquio foi utilizado pelo candidato Celso Russomanno (Republicanos) para desferir acusações contra Boulos.
Depois da polêmica, o candidato do Republicanos, que é conhecido por seu programa sobre direitos do consumidor, gravou um vídeo como na TV.
Ele visitou os endereços das produtoras Kyrion Consultoria e a Filmes de Vagabundo. A primeira foi contratada pela campanha de Boulos por R$ 500 mil e a segunda por R$ 28 mil.