Kassio Nunes foi aprovado pelo para vaga no STF por 57 votos a 10 no plenário do Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado
Kassio Nunes foi aprovado pelo para vaga no STF por 57 votos a 10 no plenário do Senado

O novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes , tomou posse nesta quinta-feira (5) e pediu mudança o nome utilizado para se referir a ele. A partir de agora, o ex-desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) quer ser chamado de Nunes Marques, tendo seu primeiro nome suprimido.

Depois de ficar um tempo com um ministro a menos após a aposentadoria antecipada de Celso de Mello , agora a Suprema Corte volta a ficar completa com seus 11 magistrados.

A cerimônia de posse foi realizada por meio de videconferência. Estavam presentes no plenário o presidente do STF, Luiz Fux, e os ministros Gilmar Mendes, Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

Além deles, também marcaram presença os presidentes da República, Jair Bolsonaro; do Senado Federal, Davi Alcolumbre; da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. O procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz também participaram da solenidade. 

Nunes Marques foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e tem um perfil diferente do qual ele vinha dizendo que indicaria. Bolsonaro afirmava que escolheria alguém com perfil "terrivelmente evangélico", mas o novo ministro é católico e mais garantista, portanto crítico ao lavajatismo e aos excessos cometidos no combate à corrupção, duas bandeiras caras a Bolsonaro.

Após a repercussão negativa da escolha de Nunes Marques, principalmente entre os líderes religiosos evangélicos, Bolsonaro voltou a dizer que indicaria um evangélico para a vaga de Marco Aurélio Mello, que se aposenta no ano que vem. O pastor Silas Malafaia foi um dos que reprovou a indicação do presidente.

As críticas, porém, não tiveram efeito para que Nunes Marques não foi aprovado pelo Senado. Ele passou com tranquilidade pela sabatina da Comissão de Constituição e Justiça  (CCJ) da Casa e recebeu 57 a favor e 10 contra na votação no plenário . Houve somente uma abstenção.

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