O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo Novo, Filipe Sabará , pediu a sua desfiliação do partido na noite de ontem (29). Ele já havia sido expulso pela legenda no dia 21 de outubro, após processo administrativo aberto pela Comissão de Ética Partidária por supostas inconsistências no seu currículo .
Na carta de desfiliação , Sabará escreveu que sofre um "processo inquisitório, que desrespeita a liberdade de expressão, o devido processo legal, o direito de defesa, o contraditório, a presunção de inocência, a dignidade da pessoa humana".
O ex-candidato diz que houve a expulsão antes mesmo de esgotado o prazo para recurso, que termina amanhã (31). Além disso, Sabará argumenta que, mesmo com a candidatura deferida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e pela Justiça Eleitoral de São Paulo, o partido decidiu pela expulsão. "Restou inviável permanecer nos quadros do Novo . Tudo tem limite, e esse é o respeito à dignidade das pessoas", disse ao encaminhar ao encerrar os seus vínculos com o perdido.
" Não é porque um partido se chama Novo que suas ações serão modernas . A Nacional do Partido Novo tem revelado velhas práticas, postura autoritária e violadora dos mais básicos compromissos constitucionais", declarou em outro ponto.
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Sabará já havia declarado sofrer perseguição dos diregentes nacionais do partido, dentre eles o presidente João Amoêdo, por conta do seu apoio público ao governo do presidente Jair Bolsoaro (sem partido). Ele acusa o legenda de cercear a liberdade de expressão.
"É de se refletir o ocorrido comigo, tentando se afastar do sentimento que nutrem - ou foram induzidos a nutrir - por mim, pois hoje sou eu quem passa por esse processo medieval, verdadeira máquina de moer direitos e garantias. Amanhã serão outros filiados", afirmou
"Não é porque um partido se chama Novo que suas ações serão modernas. A Nacional do Partido Novo tem revelado velhas práticas, postura autoritária e violadora dos mais básicos compromissos constitucionais", disse Sabará.
Procurados pela reportagem, os diretórios nacional e municipal do Partido Novo, citados por Sabará na carta, não responderam as acusações.