Bolsonaro e Doria voltaram a trocar farpas.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bolsonaro e Doria voltaram a trocar farpas.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por aumentar impostos durante a pandemia. O presidente citou especificamente alíquotas que iriam incidir sob a cesta básica. O governo do estado afirma, no entanto, que a mudança tributária não afeterá esses itens.

"Tem um estado que aumentou imposto no Brasil, alguém sabe quem é? São Paulo. São Paulo aumentou barbaramente produtos da cesta básica, lamentavelmente. Tá cobrando imposto até do cara que tem deficiência que tá comprando o carro, uma barbaridade", afirmou, acrescentando:

"Nós, sim, fizemos o que tinha de fazer, não aumentamos impostos, muito pelo contrário. Agora, um estado ou outro, que é o mais importante da economia do Brasil dá esse péssimo exemplo aumentando impostos", disse durante cerimônia de hasteamento da bandeira, no Palácio da Alvorada.

De acordo com o governo de São Paulo, a lei sancionada em 16 de outubro que prevê a redução de 20% dos benefícios fiscais relacionados ao ICMS, durante dois anos, não incide sob produtos da cesta básica e remédios.

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Durante a conversa com apoiadores, Bolsonaro também afirmou que empresas foram destruídas "naquelas história do 'fica em casa'".

"Lembra que eu falava 'tem que tratar do vírus e da economia'? E o pessoal dando pancada em mim", disse, completando: "Se não é o trabalho da equipe econômica, do auxílio emergencial, socorro a micro e pequenas empresas, rolagem de dívida de estados".

Doria rebate ataque

Depois de ser criticado por Bolsonaro, Doria se posicionou, dizendo que o presidente está “desinformado” e que ele deveria governar para o Brasil e não para seus “interesses políticos e ideológicos”. Confira a declaração do governador:

“O presidente Jair Bolsonaro segue sendo um desinformado. São Paulo não fez e não fará nenhum aumento de imposto. Fizemos sim a reforma administrativa que ele, Bolsonaro, deixou de fazer no plano federal. Se ficasse mais preocupado em governar e menos em atacar adversários, poderia fazer algo de útil para o país. Governe para o Brasil, Bolsonaro, e não para seus interesses políticos e ideológicos!”

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