Renan Antonio Ferreira dos Santos , um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) , é um dos alvos de denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) sobre um suposto esquema que envolve tráfico de influência, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e corrupção. A denúncia ainda envolve o empresário Alessander Monaco Ferreira (suposto “doador” do MBL ) o ex-diretor presidente da Imprensa Oficial do Estado Nourival Pantano Junior e os ex-representantes da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) Carlos Antonio Luque e José Ernesto Lima Gonçalves
Segundo o MP, Alessander Mônaco Ferreira, coligado ao MBL, teria fechado contrato milionário com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) sem licitação. O grupo nega que o acusado faça parte do Movimento Brasil Livre.
De acordo com a Promotoria, Alessander Ferreira, dono de uma consultoria, teria utilizado a influência política do coordenador nacional do MBL, Renan dos Santos, para ser contratado em cargo comissionado, sem concurso público, por Nourival Pantano Junior, então presidente da Imprensa Oficial de São Paulo e hoje presidente da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação).
Alessander Mônaco Ferreira fez doações ao MBL no valor equivalente a seu salário no cargo público, afirma o documento, "como forma de retribuir o 'favor' correspondente àquela contratação na Imesp". O empresário ainda é acusado de articular fraudes em licitações e contratações de empresas através de dispensa e inexigibilidade de licitações, entre elas uma envolvendo a Fipe.
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MBL nega
Um dos principais líderes do MBL, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), respondeu hoje (26) ao Antagonista que a denúncia apresentada pelo MP-SP contra Renan dos Santos e outras pessoas “é uma piada”.
“A prova que o promotor apresenta para o tráfico de influência é um bloco de notas que eles apreenderam na casa do Alessander [Monaco] que tem o nome de várias pessoas. Tem o meu nome, tem o nome do Rodrigo Garcia, tem o nome do Fernando Henrique Cardoso, tem o nome do Luciano Huck e em nenhum momento aparece o nome do Renan. Cadê a influência política do Renan, para ele ter indicado o Alessander Monaco para um cargo no governo do Estado?”.
Kataguiri ainda acrescentou que a denúncia foi feita pelo mesmo promotor que conduziu mandados de busca e apreensão contra nomes ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) em julho deste ano.
"Essé o promotor que mandou fazer aquela busca e apreensão, que citou os R$ 400 milhões de dívida das empresas da família do Renan, que pediu quebra de sigilo e tal, que a gente deu, do movimento, de cada um dos membros. Ele não achou absolutamente nada do que ele tinha investigado na parte inicial, que era lavagem de dinheiro por superchat né, os R$ 400 milhões, corrupção ativa, corrupção passiva, isso ele não achou absolutamente nada de nenhum dos coordenadores. Nenhuma prova de nada", completou.