Carlos Portinho vai assumir vaga do senador Arolde de Oliveira, que morreu de Covid-19
Divulgação / Prefeitura do Rio de Janeiro
Carlos Portinho vai assumir vaga do senador Arolde de Oliveira, que morreu de Covid-19

Com a morte do senador  Arolde de Oliveira (PSD-RJ), nesta quarta-feira, vítima de Covid-19 , o primeiro suplente Carlos Portinho (PSD), 47 anos, deve assumir uma das três vagas do Rio no Senado. Os outros dois senadores do rio são Flávio Bolsonaro (Republicanos) e Romário (Podemos), que também cumprem mandato.

O advogado já foi secretário de Habitação na gestão do ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), é muito próximo do deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ) e do ex-deputado Indio da Costa (PSD) e faz campanha para a candidatura de Luiz Lima (PSL-RJ) à prefeitura do Rio.

Antes de entrar na gestão de Luiz Fernando Pezão, Portinho participou da criação do PSD, em 2011. Três anos depois assumiu a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Rio e, em 2015, assumiu a Secretaria de Habitação do Município do Rio, na gestão de Eduardo Paes.

Nesse período, foi responsável pelo Plano de Habitação Social do Porto do Rio, programa que elaborou um conjunto de medidas para aumentar o número de moradias na região, que na época passava por obras de revitalização.

Em 2016, Carlos Portinho se candidatou para um cargo na Câmara de Vereadores do Rio, recebeu sete mil votos, mas não foi eleito. Hoje, Portinho faz campanha nas redes sociais pela candidatura de Luiz Lima (PSL-RJ) à Prefeitura do Rio.

Nas redes sociais, Portinho lamentou a morte do senador Arolde de Oliveira e publicou uma foto dos dois na posse no Senado. "Sem palavras. O Brasil perde um dos maiores homens públicos que esta terra concebeu", declarou. Ele finalizou a mensagem dizendo estar "consternado e triste" pela morte e que guardará "as melhores lembranças e o exemplo".

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Portinho também foi assessor parlamentar do ex-deputado Indio da Costa e redigiu um projeto legislativo que, combinado com outro idêntico de iniciativa popular, se tornou a “Lei da Ficha Limpa”, aprovada no Congresso em maio de 2010.

A lei proíbe que políticos condenados em decisões colegiadas de segunda instância possam se candidatar. Indio foi preso no ano passado, suspeito de ter recebido R$ 30 mil de propina por mês, entre 2016 e 2018, pela indicação do superintendente dos Correios no Rio, Cleber Isais Machado. Indio nega as acusações.

Formado em direito, Portinho se especializou na área de direito desportivo e chegou ao cargo de vice-presidente Jurídico do Flamengo. Ele também atuou na área jurídica de outros clubes como Cruzeiro, Atlético-MG, São Paulo, Santos e Palmeiras.

Depois se especializou em “dopagem”, e chegou a advogar no Tribunal Arbitral do Esporte na Suíça. O senador ainda fez pós-graduação em Direito Público e Tributário e deu aula em instituições de ensino superior do Rio e de São Paulo. Atualmente, ele é sócio da Stockler Macintyre e Portinho Advogados.

Em agosto de 2016, o então prefeito do Rio, Eduardo Paes, foi alvo de muitas críticas ao entregar as chaves de uma casa popular ao lado do seu então candidato à sucessão, Pedro Paulo Carvalho. Enquanto visita o imóvel com a nova proprietária, Paes faz fala para ela: “Rita, faz muito sexo aqui”.

O vídeo foi relembrado por adversários de Paes no Debate na Band, no início de outubro, e o candidato resolveu postar um vídeo pedindo desculpas pela "brincadeira de péssimo gosto". Aliados do ex-prefeito atribuem a Portinho o vazamento desse vídeo.

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