A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves , não falou se o aborto legal realizado pela menina de 10 anos foi certo a ser feito. As declarações foram feitas na manhã desta terça-feira (22). Agora ela aguarda as investigações sobre o suposto vazameto dos dados da criança pelo ministério.
Damares
disse que está interessada em saber quem esteve na casa e quem espalhou as informações pessoais da criança que foi abusada sexualmente.
" Sara Winter trabalhou três meses, disse que tem como provar que nome estava vazado. Ela não poderia ter gravado o nome, mas alguém vazou. Quero saber quem foi. Minha secretaria é um jogo sujo, nojento. O deputado Lorenzo Pazolini é um delegado recordista em prisão de pedófilo e me avisou que iria à cidade investigar, foi junto com os meus técnicos".
A ministra reforçou que o foco do assunto deve ser o crime cometido contra a criança. "Só no Espírito Santo foram 157 meninas estupradas e grávidas, cadê as outras?", questionou.
"Sou a favor de salvar as duas vidas. Será que o procedimento não tinha possibilidade de colocar a vida dela em risco? Neste caso, não li o prontuário, não sei o que a criança tinha. Temos que esperar. Estou sendo acusada de estupradora e pedófila ".
Sobre os impactos que a sustentação da gravidez poderia causar à menina de 10 anos, Damares respondeu que a criança estava grávida há seis meses e que isso justificaria aguardar mais um tempo para que o parto pudesse acontecer.
"Aborto causou dor à menina. Arriscado dar qualquer resposta agora. As pessoas pensam que tem uma ministra maluca. Estávamos acreditando que seria tomada a decisão certa. O que eu quero é proteger as crianças".