Carlos Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro vão depor na PF como testemunhas
Roberto Jayme/Ascom/TSE
Carlos Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro vão depor na PF como testemunhas

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filhos do presidente Jair Bolsonaro, foram intimados pela Polícia Federal para prestar depoimento sobre os atos antidmocráticos que pediram o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois vão depor na condição de testemunhas.

A investigação, que tramita em sigilo no STF, apura a organização e o financiamento dessas masnifestações. O caso já fechou o certo em torno de muitos apoiadores do governo federal, incluindo deputados, youtubers e influenciadores bolsonaristas.

Em junho, o relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que as investigações da Procuradoria-geral da República (PGR) apontam "real possibilidade" de atuação de associação criminosa voltada para a "desestabilização do regime democrático". Segundo o ministro, esses atos teriam como objetivo obter ganhos econômicos e políticos.

A observação foi feita por Moraes em decisão de quebra de sigilo decretada por eçe no inquérito que apura o financiamento dessas manifestações.

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"Os indícios apresentados na manifestação apresentada pela Procuradoria-Geral da República confirmam a real possibilidade de existência de uma associação criminosa”, escreveu o integrante da Suprema Corte. Nessa decisão, ele autorizou buscas e apreensões contra apoiadores do governo.

Até agora, o sigilo bancário de dez deputados e um senador, todos bolsonaristas, já foi quebrado. Carlos e Eduardo, no entanto, não foram alvos dessas medidas.

Ameaças ao STF

Além das investigações sobre os atos antidemocráticos, Moraes também é responsável por um outro que se debruça sobre ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes do STF e seus familiares.

"Os frequentes entrelaçamentos dos membros de cada um dos núcleos descritos acima indiciam a potencial existência de uma rede integralmente estruturada de comunicação virtual voltada tanto à sectarização da política quanto à desestabilização do regime democrático para auferir ganhos econômicos diretos e políticos indiretos", diz trecho de uma manifestação da PGR sobre o caso reproduzida por Moraes.

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