A defesa do governador Wilson Witzel (PSC) pediu para que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, o coloque de volta no cargo. Ele foi afastado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) do mandato por um período de 180 dias.
"Cada dia que se passa, é um dia de dano irrecuperável ao ora requerente (Witzel) e à ordem pública do Rio de Janeiro. Simplesmente inexistem elementos concretos que justificassem medida tão extrema para a ordem pública e para o equilíbrio federativo", afirmam os advogados de Witzel.
"O que se vê são meras conjecturas e especulações absolutamente dissociadas de qualquer elemento concreto, por menor que fosse, capaz de insinuar que a preservação de Wilson Witzel no regular exercício de seu mandato estivesse gerando embaraços ao procedimento investigativo", completa a defesa.
Como argumento, os advogados de Witzel criticam o afastamento do governador do cargo por decisão individual do ministro Benedito Gonçalves sem que ele pudesse apresentar suas alegações e ser ouvido pelas autoridades. A Corte Especial do STJ acabou confirmando a decisão de Benedito por 14 a 1.
Acusações contra Witzel dizem que fazia parte de uma organização criminosa que movimentou propinas em um valor de R$ 554,2 mil. Esse valor teria sido pago por empresários da área da saúde ao escritório de advocacia da primeira-dama do Rio, Helena Witzel.
O esquema ainda envolveria compras fraudadas na área da Saúde em plena pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), que já matou 16,3 mil pessoas só no Estado do Rio.