A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação, por mais 30 dias, do inquérito aberto para apurar supostas interferências indevidas do presidente Jair Bolsonaro na corporação.
O pedido de prorrogação foi necessário porque o ministro do STF Celso de Mello está de licença médica e ainda não despachou sobre o formato do depoimento a ser prestado por Bolsonaro. Essa é uma das últimas diligências necessárias para concluir a investigação.
Como o prazo da investigação se encerrou, a Polícia Federal precisa de uma nova autorização para poder prosseguir com o caso. O inquérito está parado desde o final de junho, porque o ministro Celso de Mello ainda não decidiu se Bolsonaro deverá prestar depoimento pessoalmente ou por escrito.
A solicitação de prorrogação ainda deve ser enviada ao procurador-geral da República Augusto Aras, que também irá opinar sobre o assunto.
A investigação foi aberta no fim de abril após o então ministro da Justiça Sergio Moro ter pedido demissão do governo Bolsonaro. No anúncio de demissão, Moro afirmou que Bolsonaro queria interferir na nomeação de cargos da PF com o objetivo de frear investigações que miravam aliados seus, como o inquérito das fake news em tramitação no STF.