O presidente Jair Bolsonaro convidou nesta quarta-feira o senador Marcos Rogério (DEM-RO) para ocupar uma das vagas de vice-líder do governo no Congresso, no lugar do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), escolhido na semana passada para ser o novo líder do governo na Câmara.
O convite ocorreu em almoço em clima de confraternização com parlamentares no Palácio do Planalto. Marcos Rogério é aliado próximo do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
A indicação deve ser publicada no Diário Oficial da União desta quinta. Os outros oito vice-líderes no Congresso são do Republicanos, MDB, PSD, PP e DEM.
Participaram do almoço deputados e senadores de diversos partidos, entre eles PP, MDB e PSL. Os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Walter Braga Netto (Casa Civil) também estavam presentes, assim como os líderes do governo na Câmara (Ricardo Barros), no Senado (Fernando Bezerra Coelho) e no Congresso (Eduardo Gomes).
Bolsonaro não fez discursos e teve apenas conversas particulares com os parlamentares presentes. O presidente vem se aproximando do Congresso nos últimos meses, inclusive entregando cargos do segundo escalão para partidos do Centrão. Mais cedo, ele tomou café da manhã no Palácio da Alvorada com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ).
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O deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), responsável pelo cardápio, disse que o governo já vinha fazendo almoços para promover encontros de Bolsonaro com parlamentares, mas que isso havia sido interrompido durante a pandemia do novo coronavírus e que a ideia agora é retomar a prática.
"Foi bastante deputado, senador. Foi uma comida bem mineira com um papo bem diversificado, com pessoas de várias partes do país", disse Ramalho.
"É mais uma conversa de pé de ouvido. Uma maneira de ele estar conversando com cada um", completou.
Segundo o deputado federal Laercio Oliveira (PP-SE), foi uma conversa informal: "Foi um almoço informal. Não era um almoço de trabalho. Sem pauta definida, sem discurso, sem nada", relatou.
Ainda estavam presentes o deputado Arthur Lira (PP-AL), que tem atuado como um líder informal do governo na Câmara, dois dos filhos de Bolsonaro (o senador Flávio e o deputado Eduardo) e o ator Thiago Gagliasso, entre outros.