O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira que as Forças Armadas lhe dão "tranquilidade" para conduzir o país. De acordo com Bolsonaro, a população tem "confiança" nos militares porque eles garantem a "liberdade".
" O que o povo sempre teve das Forças Armadas, além da garantia da lei e da ordem, foi a certeza da sua liberdade. Este é o bem maior que interessa a todos nós, e nessa corrente o grande elo são as Forças Armadas , o nosso Exército brasileiro. Por isso em grande parte a confiança nessa instituição. Por isso em grande parte uma certa tranquilidade que eu tenho em conduzir esse país para o destino que todos nós queremos", disse Bolsonaro , durante cerimônia promoção de oficiais-generais, no Clube do Exército.
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Bolsonaro também desejou "sorte" aos novos generais:
"Então hoje, senhores oficiais-generais recém-promovidos, isso tudo passa pela decisão e pelas medidas que o senhores têm a tomar ao longo desse tempo que passarão como oficiais-generais da ativa do nosso Exército brasileiro. Quero cumprimentá-los neste momento, desejar-lhes sorte e que Deus sempre esteja ao lado das decisões que vossas excelências vierem a tomar".
O governo de Bolsonaro fez recentemente mudanças na política e nas estratégias definidas para as Forças Armadas. Em documentos entregues ao Congresso Nacional, o Ministério da Defesa passou a prever uma "rivalidade entre Estados" na esfera regional e relacionou essa " rivalidade " a uma necessidade de ampliação dos gastos militares.
Além disso, os documentos citam formalmente a meritocracia como critério para capacitação de quadros militares e novas contratações. E uma estratégia para as Forças Armadas, também na área de formação educacional, prevê o desenvolvimento de programas que despertem um "sentimento de patriotismo ".
Enquanto isso, Ministério da Defesa quer ampliar em 37% o seu orçamento para investimentos no próximo ano para bancar projetos considerados prioritários, como a compra de caças, lançadores de foguetes e submarinos de propulsão nuclear.
A proposta, em fase de elaboração, amplia a previsão de investimentos de R$ 6,7 bilhões, aprovada para 2020, para R$ 9,2 bilhões. Dos recursos previstos para este ano, R$ 3 bilhões já foram pagos, segundo o portal de orçamento do Senado. Integrantes da pasta, porém, admitem que será difícil conseguir o aval do Ministério da Economia para a ampliação desejada.