Câmara dos Deputados
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A reboque da mudança na  correlação de forças na Câmara, um novo bloco alinhado ao governo será formado. O grupo unirá PSL, PSC, PTB e PROS — ao todo, são 71 parlamentares. As duas últimas legendas, assim como MDB e DEM, vão abandonar o chamado blocão , liderado por Arthur Lira (PP-AL), principal interlocutor do Palácio do Planalto na Casa.


"A gente está conversando há algumas semanas, e a ideia é que a gente possa ter mais força unindo esses partidos, para ter o fortalecimentos das bancadas e conseguir mais relatorias. Só falta formalizar. Será na próxima semana ou na seguinte. Já está acertado", diz o líder do PSL, Felipe Francischini (PR).

Com o movimento, a tendência é que a liderança de Lira fique ainda mais frágil . Integrantes fazem questão de dizer, no entanto, que a nova configuração não é uma retaliação a Lira. "Nós estamos conversando com os quatro partidos para formar um novo bloco dentro da Câmara. Nada contra governo e nada contra Arthur, ao contrário", afirma André Ferreira (PE), líder do PSC.

Na segunda-feira (27), por divergências políticas , DEM e MDB decidiram deixar o bloco de Lira, que conta ainda com PP, PL, PSD, Solidariedade e Avante.

Com a saída das quatro siglas, o grupo irá encolher de 221 para 136 deputados federais. A existência do bloco não implicava o alinhamento automático em todas matérias. Na semana passada, porém, Arthur Lira irritou os colegas ao usar o grupo de partidos para pedir o adiamento da votação do Fundeb (fundo de educação básica), posição naquele momento defendida pelo governo. Foi criticado por outros líderes do bloco por isso, já que nem todos eram a favor do adiamento.

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