O presidente Jair Bolsonaro classificou como "inaceitável" o episódio em que guardas municipais utilizaram uma arma de choque para imobilizar um homem na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Bolsonaro disse que a alegação de que ele teria desacatado os agentes não é válida e afirmou que ele poderia ter morrido, caso tivesse problemas cardíacos.
O caso ocorreu no sábado durante uma fiscalização sanitária. De acordo com a Guarda Municipal, o homem estava sem máscara e, ao ser orientado a colocar o equipamento, não aceitou a ordem e xingou os agentes. Ainda segundo a corporação, o homem reagiu e precisou e contido e imobilizado com uma pistola de eletrochoque após ser comunicado que teria de ser conduzido à delegacia.
"O caso do Rio, eu vi as imagens. Alguns falam que ele desacatou. É sempre essa história, desacatou. É inadmissível o que fizeram no Rio de Janeiro. Se esse cara fosse cardíaco, ele podia ter morrido", disse Bolsonaro nesta quinta-feira, durante transmissão ao vivo em suas redes sociais.
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Depois de ser controlado pela equipe, o homem foi encaminhado para a UPA de Copacabana para a retirada dos dardos. A ocorrência foi registrada na 12ª DP (Copacabana) como desacato, desobediência e resistência.
Bolsonaro disse que agentes de segurança precisam "medir" certas orientações porque podem acabar sendo responsabilizados por elas:
"Tenho muitos amigos policiais militares, bombeiros, guardas municipais. Vamos cumprir ordem? Vamos, ninguém está cobrando desobedecer ordens do governador ou do prefeito. Mas vamos medir, também. Mas vamos pedir porque, se dá um problema e um cara desses morre por causa de uma arma de choque dessa, você que vai responder, cara, não vai ser o governador ou o prefeito".
O presidente ainda criticou o que classificou como "tara" de impor medidas de isolamento social. "E outra, não tem cabimento o que estão fazendo, não tem cabimento. Essa tara, essa maneira de ir como se fosse um predador em cima de uma caça, no tocante à questão do isolamento".