O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (9) que é alvo de perseguição e que a retirada do ar de páginas do Facebook 'sobrou' para quem o apoia. Com tosses esparsas e uma caixa de cloroquina na mesa, Bolsonaro negou, em sua live semanal, que tenha contratado impulsionamento de mensagens na campanha presidencial, porque não tinha nem recursos financeiros para arcar com o valor do serviço.
Bolsonaro também mostrou textos e imagens postadas por opositores associando ele ao fascismo e ao nazismo.
"Vemos que o Facebook derrubou páginas em todo o mundo. No Brasil, sobrou pra quem está do meu lado, pra quem é simpático à minha pessoa. A esquerda fica posando de moralista, mas olha aqui, blog me associando ao nazismo. Bolsonaro decaptado. Ninguém fala em derrubar essas páginas", reclamou.
O presidente também disse que, na campanha, não mentiu sobre a esquerda. Ele atacou partidos opositores ao lembrar do mensalão, da Lava-Jato e da quantidade de dinheiro público desviada em governos anteriores. Na mesma live, o presidente lamentou que o Facebook tenha retirado do ar páginas de apoiadores. Ele também negou que exista, entre seus aliados, um “gabinete do ódio”:
"A onda agora é dizer que as paginas da família Bolsonaro e de assessores promovem o ódio. Eu desafio a imprensa que fica dando espaço pra isso me apontar um texto meu de ódio, uma imagem, no meu Facebook e dos meus filhos. O que eu ganharia agora acusado quem quer que seja no Brasil de qualquer coisa? Não existe nada sobre isso, por que essa perseguição? É lamentável o que vem acontecendo."
Bolsonaro afirmou que a esquerda tenta ganhar “no tapetão” com processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a cassação da chapa vitoriosa nas eleições de 2018.
"Impulsionamento custa caro, eu não peguei dinheiro do fundo partidário, fizemos uma vaquinha. Tentam no tapetão o tempo todo tentar derrubar a chapa Bolsonaro-Mourão, ou desqualificar o governo, ou desgastar o governo, mas não apresentam uma prova sequer", declarou.