A deputada federal e pré-candidata à prefeitura de São Paulo, Joice Hasselmann (PSL-SP) , disse na manhã desta quarta-feira (8) que caso seja eleita pretende erradicar a Cracolândia com a ajuda das igrejas, das famílias dos usuários de drogas e utilizar o recurso da internação compulsória para alguns dependentes químicos. A parlamentar que se recupera da infecção do novo coronavírus se colocou como a única pessoa com perfil de execução entre os candidatos da capital paulista e disse que tem coragem e força para mudar a realidade do município.
“Pretendo trazer todo mundo para que a gente possa resolver em conjunto todo esse problema [da Cracolândia ]”. Com elogios ao trabalho que instituições religiosas têm feito para combater o vício de pessoas em situação de rua, Hasselmann explica que ao invés de pulverizar as células da Cracolândia como o governo de João Doria fez, é preciso unir forças. “Sem a igreja e a família não sei se conseguimos combater”.
Em relação à segurança pública de São Paulo, Hasselmann acredita que o cenário atual pode mudar com a atribuição de mais poder para a Guarda Municipal e investimentos na iluminação pública. "Trabalhar com uma cidade onde a iluminação funcione e a Guarda Municipal esteja na rua vai trazer mais segurança para a população e quero fazer isso nos primeiros meses de gestão”, promete, ao dizer que a “molecada” do PSDB, se referindo ao prefeito Bruno Covas e ao governador João Doria , são “patrimonialistas” e tem deixado “muito a desejar” durante a gestão.
“Eu vejo com muita atenção os movimentos da prefeitura de São Paulo [durante a pandemia da Covid-19 ]. É uma sucessão de lambanças o que fez o atual prefeito, Bruno Covas. Vimos o megaródízio, a recontratação de vários leitos sem nenhum tipo de licitação”, criticou a parlamentar.
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Outro ponto levantado por Hasselmann para melhoria da capital paulista é o transporte público. Na visão da pré-candidata, é preciso trabalhar com a mobilidade como um todo, mas adianta que a solução não é mágica e que vai demandar tempo e equipe qualificada para pensar em soluções.
“Não é possível que o cidadão fique duas horas em média por dia para ir ao trabalho e voltar. A solução não é algo tirado da cartola. Eu tenho conversado com alguns especialistas nesse assunto de mobilidade e urbanismo e tenho buscado a experiência dos bons e certamente a revisão dos contratos deve ser revisado. A tarifa de R$ 4,40 é alta”.
Outro ponto sensível da capital é a questão das enchentes. Joice Hasselmann falou em campanhas educativas e pavimentação permeável para as regiões mais críticas. O trabalho em conjunto do governo estadual e municípios está entre as sugestões da parlamentar.
Pandemia e contaminação por Covid-19
Quando questionada sobre o medicamento que tomou para se recuperar do novo coronavírus, a deputada disse que não tomou cloroquina e seguiu as orientações da sua médica. “Eu não vou dar o nome do remédio para que não haja automedicação . Mas se vocês querem saber, não tomei cloroquina . Tomei antibiótico, antinflamatório, anti alérgicos, corticóide e vitaminas”. Hasselmann explica que ficou com um quarto do pulmão comprometido e que a doença é séria e precisa ser acompanhada por especialistas.
Ao se colocar como pré-candidata à Prefeitura de São Paulo , Joice admite que não vai ser tarefa fácil gerir uma capital nas proporções paulistanas em um cenário pós-pandêmico. “Quem pegar a próxima administração vai ter um dos maiores desafios de todos porque vai ser pós-pandemia. Ou seja, um pós-guerra”, finalizou.