O presidente Jair Bolsonaro classificou nesta quarta-feira (17) a operação realizada na véspera contra aliados seus , por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), como "abuso" e afirmou que "está chegando a hora de tudo ser colocado no devido lugar", mas disse que não será o "primeiro a chutar o pau da barraca", sem explicar a que estava se referindo.
"Eu não vou ser o primeiro a chutar o pau da barraca. Eles estão abusando. Isso está a olhos vistos. O ocorrido no dia de ontem, quebrando sigilo de parlamentares, não tem história nenhuma vista em uma democracia mais frágil que ela seja. Está chegando a hora de tudo ser colocado no devido lugar", disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.
No âmbito mesmo inquérito em que foi realizada a operação, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a quebra do sigilo bancário de 11 parlamentares bolsonaristas para apurar se eles atuaram no financiamento de atos antidemocráticos, que pediam o fechamento do STF e do Congresso Nacional.
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Segundo Bolsonaro, "está chegando a hora" de "todos, sem exceção, entenderem o que é democracia". Ele disse que cada um dos Três Poderes não pode fazer o que quiser.
"Está chegando a hora de nós acertamos o Brasil no rumo da prosperidade e todos, sem exceção, entenderem o que é democracia. Democracia não é o que eu quero, eu e você, o que um Poder quer, o que outro Poder quer. Está chegando a hora, fique tranquila".
Na noite de terça-feira, em um texto publicado em suas redes sociais que não mencionou a operação, Bolsonaro já havia criticado "ataques concretos" contra seu governo e prometeu tomar "todas as medidas legais possíveis".