A repórter Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo, entrou com pedido de indenização por danos morais na justiça contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) após uma sequência de falas ofensivas de cunho sexual contra a profissional em transmissões ao vivo.
O processo anunciado pelo jornal nesta segunda-feira (15) é o terceiro de indenização movido pela jornalista, que foi coautora de uma reportagem sobre disparos em massa que teriam beneficiado a chapa Bolsonaro-Mourão nas eleições de 2018.
Antes de Eduardo, Mello entrou na justiça contra Hans River, que a insultou de tentar seduzí-lo em troca de informações durante apuração da reportagem; o presidente Jair Bolsonaro, que falou da jornalista em tom pejorativo durante conversa com apoiadores , o deputado estadual André Fernandes (PSL-CE) e o blogueiro Allan dos Santos, que também reproduziram as mentiras de Hans.
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Em defesa, a advogada da jornalista, Taís Gasparian, classifica a afirmativa feita por Eduardo sobre o trabalho de Patrícia como "leviana, repugnante e machista", que atinge às mulheres, "menospreza a atividade profissional desenvolvida e incita que violências de toda sorte sejam cometidas".
As informações dadas por Hans em conversa com a Comissão Parlamentar das fake news e reproduzida pelos quatro homens processados já foi desmentida pela Folha de S.Paulo com base em registros de conversas guardados pela repórter.