Questionada sobre possíveis candidatos do Partido dos Trabalhadores à presidência nas eleições de 2022 e sobre a possibilidade do apoio a candidatos de outros partidos, a ex-presidente Dilma Rousseff lembrou das eleições de 2018 e fez uma crítica velada aos pedidos de apoiadores de Ciro Gomes para que o candidato do Partido Democrático Trabalhista (PDT) fosse apoiado pelo PT por ter melhores condições no segundo turno.
“Ninguém abre mão da sua própria força. Não conheço isso em lugar nenhum do mundo”, criticou Dilma em entrevista do jornal El País . Ao ser perguntada sobre a possibilidade da candidatura de Lula, a ex-presidente afirmou acreditar que ele continua sendo a liderança “mais expressiva no campo popular” e a “pessoa que detém maior apoio” dos eleitores. “Agora, ele disse que não quer…”, lamentou.
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Dilma considerou, ainda, que antes de fazer como sugerido em 2018 e apoiar alguém de outro campo político, o PT irá considerar pessoas de outros partidos com mais “afinidade”, como decidiu fazer com a pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre, Manuela D’ávila (PCdoB), para 2020.
“O Lula já falou no Fernando Haddad, já falou no Flávio Dino… O que não é possível é achar que quem tem pelo menos a maioria do campo de oposição vai abrir mão para quem tem 10%”, criticou.