Na noite deste domingo (7), a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP)
lamentou a desistência do empresário Carlos Wizard
em assumir o posto de secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Segundo ela, ele seria importante na "reforma nos indicadores de mortes por COVID" e que iria apurar possível supernotificação.
"Pena que Carlos Wizard não aceitou o trabalho para fazer a reforma nos indicadores de mortes por COVID. Gostaria de pedir às polícias judiciárias investiguem municípios aleatórios os atestados de óbitos do último mês. Duvido q o COVIDÃO não encontre supernotificação de mortes", afirmou Zambelli .
Esta não foi a primeira vez que a deputada falou sobre possível supernotificação dos dados da doença no país, principalmente em localidades comandadas por políticos contrários ao governo Bolsonaro , como Rio de Janeiro e São Paulo.
Tal análise, inclusive, já fem Zambelli virar alvo de investigações. No último dia 25 de maio, véspera da deflagração da operação que mirava o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), ela afirmou: "a gente deve ter nos próximos meses o que a gente vai chamar, talvez, de ‘Covidão’. Mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal”.
Após a declaração, o Superior Tribunal de Justiça ( STJ ) pediu que o Ministério Público Federal ( MPF ) investigue o suposto vazamento da operação. Em sua defesa, Zambelli afirmou não ter recebido qualquer informação privilegiada : "alei como cidadã e deputada que está observando o nosso país, que sabe que a corrupção é algo endemico no país".