Crivella afirma que município não irá aderir ao decreto de Witzel

Município segue com plano de reabertura gradual em seis fases, diferente do que pensa o governador

Prefeito definiu série de regras para autorizar reabertura da cidade
Foto: Fábio Motta / Agência O Globo
Prefeito definiu série de regras para autorizar reabertura da cidade

O prefeito Marcelo Crivella anunciou neste domingo que a cidade do Rio vai manter o planejamento de retomada gradual das atividades em seis fases, sem aderir às recomendações do governo do estado, publicadas em edição extra do Diário Oficial no fim da noite da última sexta-feira.

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"O conselho científico se reuniu hoje (neste domingo) e debateu muito. Há algumas recomendações do governo do estado que nós já estamos seguindo, como a reabertura dos templos", disse o prefeito, durante a coletiva.

"Uma abertura ampla, geral e irrestrita poderá nos levar a uma situação que nós não queremos", destacou Crivella.

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No decreto que flexibilizou o isolamento social no estado, o governador Wilson Witzel determinou que alguns setores da economia funcionassem com horário restrito já a partir de sábado. A medida causou confusão entre moradores e empresários cariocas, que não sabiam que regras seguir.

As principais divergências eram sobre a reabertura de shoppings, centros comerciais, bares e restaurantes. Pelo planejamento da prefeitura, os setores só voltariam a funcionar nas segundas e terceiras fases, que acontecem a cada duas semanas.

Na tarde de sábado, o governador usou suas redes sociais para falar sobre o decreto, onde chegou a falar, inclusive, sobre uma possível segunda onda de Covid-19:

"Os hospitais de alta complexidade seguem seu fluxo de construção e serão importantes para que nos preparemos para uma provável segunda onda do Covid-19. Até segunda-feira a fila de leitos será zerada. Seguimos firmes".

Também no sábado, o secretário de governo do Witzel, Cleiton Rodrigues, explicou que apesar de o decreto do governador ter flexibilizado bastante as regras do isolamento social, cada prefeitura tem autonomia para manter regras mais rígidas nos municípios.

"O governador fixou normas gerais depois de ouvir os secretários de Fazenda e de Saúde. Mas os municípios podem ter regras específicas conforme as realidades locais", disse o secretário.