Crivella diz que flexibilização do isolamento não é válida no Rio de Janeiro
Uma nova reunião com o Comitê científico será realizada para debater as determinações do governador Wilson Witzel
Por Agência O Globo |
O prefeito Marcelo Crivella disse na tarde deste sábado, dia 6, que nada muda no decreto de isolamento imposto como prevenção contra o coronavírus, pelo menos até este domingo. Haverá uma reunião do Comitê científico para deliberar se mantém as regras atuais na cidade ou segue alguma determinação do governador Wilson Witzel.
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"São recomendações do governador e não determinações. Pelo menos, até amanhã, nada muda", diz Crivella.
Quem também será ouvido na próxima reunião é o Conselho de crise. A ideia é analisar se as medidas são viáveis, considerando os dados da pandemia.
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O governador Wilson Witzel publicou um decreto em uma edição extra do Diário Oficial na noite da última sexta-feira, dia 5, flexibilizando as medidas de isolamento social no estado do Rio já a partir deste sábado.
Mas o secretário estadual, Cleiton Rodrigues, deixou claro que cada prefeitura tem autonomia para manter regras mais rígidas nos municípios.
"O governador fixou normas gerais depois de ouvir os secretários de Fazenda e de Saúde. Mas os municípios podem ter regras específicas conforme as realidades locais. Os municípios não podem extrapolar o decreto. Eles podem adotar ou não, porém não podem por exemplo abrir cem por cento dos restaurantes", explica o secretário estadual.
A prefeitura do Rio já tinha informado, em nota, que seguiria o plano por fases, avaliando diariamente as curvas com o comitê científico, deixando claro que pode inclusive recuar se curvas subirem.
Apesar das regras ainda serem rígidas na capital fluminense, a orla das praias de Copacabana, Ipanema e Leblon amanheceram cheias neste sábado, dia 6. Permanecer nas faixas de areia, por exemplo, ainda é algo proibido, mas a reportagem flagrou pedestres e banhistas.
De acordo com informações divulgadas pelo governo estadual em seu painel, o número de mortes por coronavírus chega a 6.473, sendo 63.066 casos desde o início da pandemia.