Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública
Isaac Amorim/MJ
Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública

Ex-ministro da Justiça,  Sergio Moro afirmou que "não é o caso de falar em totalitarismo ou mesmo em ditadura, no presente momento, mas o populismo, com lampejos autoritários, está escancarado". A declaração foi feita em um artigo publicado nesta quarta-feira (3) pelo jornal O Globo .

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No artigo, Moro não menciona diretamente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas, ao citar o atual momento, fica explícita a crítica ao governo.

"Não há problema na presença de militares no governo, considerando seus princípios e preparo técnico. Não há espaço, porém, para ameaçar o país invocando falso apoio das Forças Armadas para aventuras", escreveu o ex-ministro da Justiça .

Moro diz que " populismo é negativo, seja de direita, seja de esquerda". "Manipular a opinião pública, estimulando ódio e divisão entre a população é péssimo". 

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O ex-ministro defendeu a democracia, afirmando que "temos mais coisas em comum do que divergências. Democracia é tolerância e entendimento", e apoiou indiretamente o Supremo Tribunal Federal , o Ministério Público e o Congresso, argumentando que eles precisam ser independentes.

" Judiciário e Legislativo são inconvenientes quando não se dobram à vontade do Executivo" e "é fundamental, assim, para o modelo do estado de direito, garantir a independência das Cortes de Justiça e do Ministério Público", escreveu.

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"Os órgãos do Estado, afinal, têm sua atuação regrada pela lei e por finalidade atender o bem-estar comum e não cumprir os caprichos e arbítrios do governante do momento. Políticos populistas tendem a ignorar tal distinção", afirmou Moro .


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