A oposição ao governo Jair Bolsonaro vai denunciar ao Conselho de Ética da Câmara o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, pelas afirmações que o deputado fez durante live bolsonarista.
O pedido tem como base as coloçações de Eduardo Bolsonaro sobre o 'momento de ruptura', as acusações contra o STF e o fechamento do inquérito das fake news.
Durante a live, o deputado disse, entre outras coisas, que o momento é de "ruptura" e afirmou que a questão não é de "se", mas, sim, de "quando" isto vai ocorrer, se referindo ao inquérito das fake news.
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Em outro ponto, Eduardo disse que “Eu até entendo quem tenha uma postura mais ‘moderada’, vamos dizer, para não tentar chegar em um momento de ruptura, um momento de cisão ainda maior, um conflito ainda maior. Eu entendo essas pessoas que querem evitar esse momento de caos, mas, falando bem abertamente, opinião do Eduardo Bolsonaro, não é mais uma opinião de ‘se’, mas de ‘quando’ isso vai ocorrer”, afirmou Eduardo
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Vale lembrar que o filho do presidente já é investigado no Conselho de Ética, mas por outra ação, que trata sobre o AI-5. Na ocasião, Eduardo defendeu uma volta do regime militar, em especial o AI-5.
Nesse novo capítulo, os partidos de oposição estão preparando um novo processo que deve ser protocolado ainda nesta quinta-feira (28) na Câmara dos Deputados.
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No documento que será apresentado, os partidos afirmam que os fatos levam os poderes a tomarem as "providências cabíveis".
Os partidos da oposição já começaram a pressionar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para reabrir os trabalhos do Conselho de Ética, para que o processo possa tramitar. Em coletiva durante esta tarde, Maia demonstrou que está disposto a reabrir as sessões do conselho.
“Os militares têm responsabilidade e sabem seu papel, que não é o papel que é muitas vezes defendido pelo deputado Eduardo Bolsonaro. E acredito que, sim, no momento que o Conselho de Ética voltar a funcionar certamente todos esses casos vão avançar e, claro, o deputado terá todo o direito de responder, de fazer sua defesa, de dar sua explicação", afirmou Maia.