Em um ofício enviado à Polícia Federal (PF), o governo, através da Secretaria-Geral da Presidência, confirmou que o ex-ministro Sergio Moro não assinou a exoneração do ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo
. Quando a decisão foi publicada no Diário Oficial, no dia 24 de abril, Moro e Jair Bolsonaro apareceram como responsáveis.
Leia também: TSE deve julgar duas ações contra mandato de Bolsonaro em junho
No mesmo dia, Sergio Moro pediu demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública e afirmou que não havia assinado o pedido de exoneração de Valeixo. Depois da fala de Moro, o governo republicou a exoneração sem a assinatura do ex-magistrado.
O governo esclareceu que incluir o nome do ministro responsável pelo órgão é "praxe" do governo. "Segundo a praxe administrativa, a publicação em 'Diário Oficial' vem acompanhada da inclusão da referenda do ministro ou ministros que tenham relação com o ato", afirmou a secretaria no ofício.
O esclarecimento foi prestado como parte do inquérito que investiga se Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal ao demitir Valeixo e tentar nomear Alexandre Ramagem para o cargo.