O ex-ministro Sérgio Moro se manifestou em seua página no Twitter sobre a liberação da gravação ministerial do dia 22 de abril , divulgada por decisão do ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF).
Moro também afirmou em nota que os trechos divulgados podem sustentar sua afirmação sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) intergerir na Polícia Federal do Rio de Janeiro.
"A verdade foi dita, exposta em vídeo, mensagens, depoimentos e comprovada com fatos posteriores, como a demissão do Diretor Geral da PF e a troca na superintendência do RJ", escreveu.
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Defensor de Moro, o criminalista Rodrigo Sánchez Rios informou que a decisão de divulgação do vídeo mostra "avanço democrático" no país e é constitucional.
No vídeo, Bolsonaro fez ameaças, referiu ofensas a outros governantes, como os governadores de São Paulo e do Rio de Janeiro, e usou palavrões.
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"Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui! E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa", afirma o presidente "Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira", continuou.
Bolsonaro disse ter se referido ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), mas a versão Moro é de que o presidente teria interesse em interferir na Polícia Federal. Mensagens no celular do ex-ministro também estão sob investigação.