Senador Flávio Bolsonaro
Jefferson Rudy/Agência Senado
Senador Flávio Bolsonaro

O Ministério Público Federal (MPF) iniciou uma investigação para apurar se o número de mortes por Covid-19 em São Paulo está correto, segundo divulgado nesta terça-feira (19) pela coluna de Rogério Gentile, do UOL. O MPF acatou uma representação feita pelo senador e filho do Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que afirma haver "supernotificação" dos óbitos no estado.

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Flávio Bolsonaro alega que o governo e a Prefeitura de São Paulo recomendaram que médicos que atuam em ambulâncias registrem que a causa de morte é Covid-19 mesmo sem realizar exames laboratoriais.

Ele afirmou em sua petição ao MPF que o objetivo disso é "manipular os dados para desgastar politicamente o presidente e as suas orientações frente ao combate ao coronavírus".

A subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo , defendeu, no relatório sobre o pedido, que "os fatos narrados são extremamente graves e devem ser apurados em razão da possível repercussão constitucional e criminal que envolvem". 

A subprocuradora cobrou que o governador João Doria (PSDB) e o prefeito Bruno Covas (PSDB) se expliquem sobre o caso.

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A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo afirmou, em nota oficial, "que a investigação do Ministério Público Federal surge um dia depois da revelação de que o senador Flávio Bolsonaro soube com antecedência de operação da Polícia Federal que mirou seu assessor, Fabricio Queiroz".

 "A contabilização e balanço oficiais das mortes por covid-19 são feitas pelo Ministério da Saúde e a mesma base de dados é utilizada pelos governos estaduais", se defendeu a secretaria estadual. 

A pasta estadual também afirma que prestará todos os esclarecimentos ao MPF e diz estar segura de que segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde .

Já o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, negou as acusações e alegou que os registros de morte por Covid-19 são feitos apenas após exames laboratoriais. 

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Flávio Bolsonaro defende que essa suposta orientação do governo de São Paulo gera um problema gravíssimo "pois os dados não se prestarão, de forma eficaz, ao propósito principal da guerra contra a infecção: orientar as ações de controle e prevenção da doença".


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