O PSL contratou em fevereiro de 2019, a pedido do então senador pela legenda Flávio Bolsonaro, o escritório de advocacia de um ex-assessor de Flávio, Victor Granado Alves, que foi citado como uma das pessoas que sabiam do suposto vazamento de informações da Polícia Federal para Flávio, segundo divulgou nesta terça-feira (19) a Folha de S. Paulo . O pagamento do contrato foi feito com fundo partidário, dinheiro que vem de verba pública, e o valor total pago foi de cerca de R$ 500 mil.
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O PSL foi o partido pelo qual Flávio Bolsonaro se elegeu, em 2018, assim como seu pai, o presidente Jair Bolsonaro. Os dois deixaram a legenda no final de 2019. O presidente segue sem partido, enquanto Flávio se filiou ao Republicanos.
Nas prestações de contas de 2019 do PSL aparecem que o escritório de advocacia do qual Alves é sócio, a Granado Advogados Associados, foi contratada por treze meses e meio pelo valor mensal de R$ 40 mil.
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O escritório prestou serviços jurídicos ao diretório do Rio do partido, que era comandado por Flávio na época em que foi fechado o contrato, em fevereiro de 2019. Também realizava"consultoria jurídica prestada às bancadas parlamentares em geral" e "atendimentos diversos".
O PSL notificou o escritório de rescisão do contrato em 15 de janeiro deste ano, mas uma cláusula determinava rompimento do contrato apenas 60 dias após a notificação.
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O advogado Victor Granado Alves foi assessor de Flávio quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro. Ele foi citado pelo ex-aliado da família Bolsonaro Paulo Marinho como uma das pessoas que sabiam que um delegado da Polícia Federal vazou informações para Flávio Bolsonaro sobre a operação Furna da Onça, que investigou em 2018 desvio de recursos públicos da Assembleia Legislativa do Rio.