Pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSDB, o empresário Paulo Marinho tomou o lugar do amigo pessoal, Gustavo Bebianno, ex-ministro de Jair Bolsonaro que morreu após um infarto em março de 2020, na campanha eleitoral da capital fluminense. Para ele, que concedeu entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Bebianno morreu “de decepção, de tristeza mesmo” e trocava muitas mensagens de áudio com o presidente, a quem admirava, antes de ser retirado do governo.
Segundo Marinho, Bebianno teria demonstrado um ato de raiva após ser o primeiro ministro demitido do governo de Jair Bolsonaro. Nessa ocasião, ele teria apagado uma série de mensagens enviadas pelo presidente e deixado o celular com algumas das informações com uma pessoa nos Estados Unidos.
Leia também: Políticos lamentam morte de Bebianno: "Se foi com muitas verdades"
A narração de Marinho garante, ainda, que Bebianno “não tinha nada que pudesse tirar o capitão do governo” e que ele retomou o conteúdo do celular, ainda deixado com alguém, um tempo depois. “Ele ficou muito marcado pela demissão, com muito desgosto, melancolia", pontuou Marinho, que garantiu não saber a identidade da pessoa com quem o celular de Bebianno foi deixado.
“Louco para fazer o golpe”
Na mesma entrevista dada à colunista Mônica Bergamo, Marinho lembrou que Bebianno demonstrava preocupação com o futuro do governo de Bolsonaro e previa um enfraquecimento de Jair, afirmando que ele só teria a "saída do golpe para se manter no poder" e que o presidente seria "louco para fazer o golpe".