Ramagem teve sua nomeação para o cargo de diretor-geral da PF barrada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
.Carolina Antunes/PR - 11.7.19
Ramagem teve sua nomeação para o cargo de diretor-geral da PF barrada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Durante depoimento prestado à PF na tarde da última segunda-feira (11), o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem negou ter 'intimidade' com os membros da família Bolsonaro. Depoimento faz parte de inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal. 

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No depoimento, Ramagem disse ter "ciência de que goza da consideração, respeito e apreço da família do presidente Bolsonaro pelos trabalhos realizados e pela confiança do presidente da República no trabalho do depoente, mas não possui intimidade pessoal com seus entes familiares".

O chefe da Abin também afirmou que sua desqualificação para o cargo de diretor-geral da PF aconteceu por ele não fazer parte do "núcleo restrito de delegados de Polícia Federal próximos ao então ministro Sergio Moro ". Ramagem também afirmou que, diante do que disse no depoimento, "não haveria um impedimento objetivo que pudesse conduzir à rejeição de seu nome". 

O inquérito em questão foi aberto atentendendo um pedido da Procuradoria-Geral da República ( PGR ) após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro pedir demissão do cargo e acusar Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal. 

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Na ocasião, Bolsonaro exonerou Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da PF e nomeou Ramagem para a vaga. Entretanto, o ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunaol Federal (STF), barrou a nomeação alegando que houve um desvio de finalidade. 

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