O ministro da Saúde, Nelson Teich, exonerou nesta quinta-feira (7) 13 funcionários da pasta e deixou vazias áreas da pasta consideradas estratégicas para o combate à Covid-19 .
Os cargos que ficaram desocupados fazem parte da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), que trata da gestão de postos de saúde, ambulatórios e atendimentos de "saúde da família", e a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), responsável pela elaboração de diretrizes do governo federal para responder ao avanço do novo coronavírus
(Sars-CoV-2).
As trocas no Ministério da Saúde estavam previstas desde a saída do então ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), em 16 de abril. Algumas dessas mudanças foram feitas a pedido dos próprios servidores.
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Apesar disso, as trocas tem tido repercussão negativa diante do aumento da presença de militares na pasta. Após reunião de Teich com secretários estaduais nesta quarta-feira, a avaliação foi que o ministro é "tutelado" pelo Palácio do Planalto.
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Um dos sinais disso seria a nomeação do general Eduardo Pazuello foi nomeado secretário-executivo, “número 2” do ministério, para substituir João Gabbardo. Desde que assumiu, Pazuello e indicou mais de uma dezena de militares ao órgão, que estão sendo nomeados aos poucos.
Entre as principais mudanças até agora está a da nomeação do coronel Alexandre Martinelli Cerqueira para Diretoria de Logística (DLOG), área responsável por compras do Ministério da Saúde. O militar deve ocupar a vaga de Roberto Ferreira Dias, indicado ao cargo pelo ex-deputado Abelardo Lupion (DEM-PR) no começo do governo Jair Bolsonaro.
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O que causou má impressão também nos secretários foi o fato de a nova gestão estar loteando cargos estratégicos a partidos do Centrão, como PL e PP.
Para rebater as críticas, Teich disse em reunião na Câmara nesta quinta que ele é "o líder" do ministério.