A Justiça Federal de Brasília determinou que o presidente Jair Bolsonaro deve prestar, em até 72 horas, explicações sobre a mudança no comando da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro. A decisão da Justiça foi publicada nesta terça-feira (5), mesmo dia em que Carlos Henrique Oliveira foi demitido da chefia da PF do Rio .
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A Justiça atendeu a um pedido do advogado Rubens Nunes, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL). Nunes havia questionado a legalidade da substituição na PF do Rio em um momento em que interferências políticas na corporação estão sendo investigadas.
A Advocacia-Geral da União, responsável por atender esses requerimentos, informou, nesta quarta-feira (6) ao G1 , que não havia sido notificada da decisão da Justiça Federal, mas diz que tomará "as medidas judiciais cabíveis".
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Nesta quarta (6), Tácio Muzzi foi nomeado o novo superintende da PF no Rio de Janeiro pelo atual diretor-geral da Polícia Federal, Rolando de Souza.
A substituição do comando da PF fluminense está sendo investigada pela Procuradoria Geral da República (PGR), dentro do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que analisa as declarações do ex-ministro Sergio Moro contra Bolsonaro .
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Moro alegou que Bolsonaro queria interferir politicamente na autonomia da corporação e que o presidente teria interesse principalmente na Superintendência fluminense. Em depoimento à Polícia Federal, Moro afirmou que Bolsonaro estava pressionando-o desde o início do ano para trocar o superintendente da PF do Rio .