A Procuradoria-Geral da República ( PGR ) encaminhou para o Ministério Público Federal na primeira instância um pedido de investigação contra um manifestante bolsonarista que atacou enfermeiros durante ato realizado na última sexta-feira em Brasília.
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A PGR fez uma consulta nos seus bancos de dados e constatou que as imagens de um manifestante agredindo as enfermeiras correspondem à de uma pessoa de nome Renan da Silva Sena, residente no Distrito Federal. Também identificou que a mesma pessoa participou de protesto contra o Supremo Tribunal Federal com expressões ofensivas à corte.
Segundo reportagem publicada pelo "UOL", o homem seria funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos , mas não exerce mais suas atividades no ministério desde março.
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O ofício da PGR aponta que os fatos são "de inegável gravidade" e podem ser enquadrados em crimes da Lei de Segurança Nacional e crimes contra a administração pública. O documento é assinado pelo procurador João Paulo Lordelo, membro da assessoria especial do procurador-geral da República Augusto Aras, e foi destinado ao chefe da Procuradoria da República no Distrito Federal, Cláudio Drewes, que distribuirá a investigação para algum membro da Procuradoria. O caso deve correr em primeira instância porque o homem não possui foro privilegiado.
"Solicito a Vossa Excelência a distribuição da presente notícia crime para adoção das medidas que o procurador da República natural compreender necessárias", escreveu o procurador.
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Ontem, a PGR também havia solicitado investigação de agressões feitas contra jornalistas em manifestação no último domingo, que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro .